Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Paulo, desenvolveu um composto químico com potencial para tratamento da doença de Alzheimer.
Testes pré-clínicos com camundongos obtiveram resultados promissores, publicados na revista científica ACS Chemical Neuroscience.
Atualmente, as alternativas disponíveis contra o Alzheimer conseguem intervir na evolução da doença, mas de maneira limitada, apenas retardando a perda cognitiva de forma modesta.
Os novos compostos, por sua vez, podem ser capazes de degradar as placas beta-amiloides que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer.
Segundo o estudo, o diferencial dos compostos está em atuarem como um quelante de cobre, isto é, uma molécula capaz de se ligar ao elemento metálico presente em excesso nas placas de beta-amiloide, promovendo sua degradação e, com isso, reduzindo os sintomas da doença.
Nos testes realizados em camundongos, o composto químico minimizou a perda da memória e a dificuldade de noção espacial e de aprendizado dos roedores.
Além dos resultados comportamentais, os testes mostraram que o composto não foi tóxico em culturas de células do hipocampo nem nos animais, cujos sinais vitais foram monitorados ao longo do experimento.
Simulações computacionais confirmaram a capacidade do composto de atravessar a barreira hematoencefálica (que protege o cérebro) e atuar diretamente nas áreas afetadas.
Agora, com os resultados, os pesquisadores buscam parcerias com empresas para iniciar os testes clínicos em humanos.
O que é Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada.
Até o momento, o Alzheimer não possui cura ou forma de prevenção específica. Médicos acreditam, contudo, que manter o cérebro ativo e uma boa vida social, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. Entre as atividades recomendadas estão:
- Estudar;
- Ler;
- Fazer exercícios de aritmética;
- Jogos inteligentes;
- Atividades em grupo;
- Não fumar;
- Não consumir bebida alcoólica;
- Ter alimentação saudável e regrada;
- Fazer prática de atividades físicas regulares.
Fonte: SBT News
