A COP30 mercado de carbono movimenta o sexto dia da conferência em Belém, neste sábado (15), com discussões que envolvem desde financiamento climático até o enfrentamento de super poluentes. Além disso, delegações internacionais participam de fóruns e eventos ministeriais que começaram às 9h, reforçando o ritmo intenso da agenda ambiental global. Conforme os organizadores destacam, esta etapa reúne temas considerados estruturais para o futuro da transição energética.
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Antes disso, o mercado de carbono já surgia como um dos assuntos mais esperados. O sistema permite que países e empresas compensem suas emissões de gases de efeito estufa por meio da compra de créditos. Cada crédito corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida ou foi retirada da atmosfera. Assim, o mecanismo cria um valor financeiro para a redução das emissões e estimula práticas mais sustentáveis.
COP30 mercado de carbono e o desafio dos super poluentes
Além disso, os países voltam a debater medidas para reduzir a liberação dos chamados super poluentes. Esses gases — como metano, óxido nitroso e hidrofluorcarbonetos — são considerados ainda mais danosos que o CO₂. Em contraste com seu volume reduzido na atmosfera, eles têm impacto muito maior no aquecimento global e também afetam a saúde humana. Portanto, o freio a essas emissões se tornou prioridade.
Outro ponto relevante é o “Mapa do Caminho de Baku a Belém”, que propõe estruturar a meta de US$ 1,3 trilhão anuais em financiamento climático a partir de 2035. A sessão sobre o tema será conduzida pelo embaixador brasileiro André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Certamente, o debate deve orientar o avanço das negociações até o encerramento do evento.
A programação do dia segue intensa, com encontros sobre taxonomias verdes, taxas de solidariedade e soluções nacionais de mitigação. Além disso, delegações analisam temas ainda pendentes, como transparência climática, medidas de comércio e NDCs — compromissos que definem quanto cada país deve reduzir suas emissões, segundo o Acordo de Paris.
Por outro lado, especialistas alertam que o cenário global segue preocupante. Dados recentes indicam que os gases de efeito estufa atingiram 57,7 bilhões de toneladas em 2024, aumento de 2,3% em relação ao ano anterior. Como resultado, o Pnuma destaca que a meta de limitar o aquecimento a 1,5ºC já não é considerada possível sem corte urgente de 40% nas emissões até 2030.
