O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, classificou a recente redução de tarifas anunciada pelos Estados Unidos como uma medida “positiva” e alinhada à “direção correta”. Desde já, o governo brasileiro destaca que continuará atuando para ampliar os cortes aplicados sobre produtos exportados ao mercado norte-americano. Além disso, o anúncio de Washington reduziu em 10% a sobretaxa aplicada globalmente desde abril a itens como carne bovina, tomates, café e bananas.
Leia também:
Ferreira Costa: Black Friday RN impulsiona vendas e emprego no varejo
Segundo o vice-presidente, a mudança decorre de três fatores: o empenho do governo brasileiro nas negociações, a sensibilidade do governo norte-americano em diminuir custos aos consumidores e, ainda, a atuação da iniciativa privada. Conforme Alckmin, mesmo com os avanços, o Brasil segue sujeito a uma tarifa adicional de 40% em vários produtos. Por isso, ele afirma que o governo vai insistir em novos cortes para ampliar a competitividade das exportações nacionais.
Redução de tarifas impulsiona setores brasileiros
Certamente, o setor de suco de laranja foi o mais beneficiado com a decisão, já que a tarifa foi zerada. Como resultado, a parcela das exportações brasileiras livres de alíquota passou de 23% para 26%. Ainda assim, Alckmin reforça que, no caso do café, a barreira continua elevada e, segundo ele, “não tem sentido” manter o índice atual, especialmente porque o Brasil é o maior fornecedor do produto para os Estados Unidos.
Além disso, as negociações seguem em ritmo positivo após os encontros recentes entre Lula e Donald Trump e, posteriormente, entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. Depois dessas reuniões, o governo brasileiro avalia que há espaço para avanços adicionais.
Alckmin afirmou que uma viagem de comitiva brasileira aos EUA ainda não tem data definida, mas não está descartada, conforme a evolução das tratativas bilaterais.
