As eleições no Chile movimentam o país neste domingo (16), quando milhões de eleitores escolhem o próximo presidente. Desde o início da manhã, os chilenos comparecem às urnas em um cenário competitivo e marcado por forte polarização. Além disso, a votação ocorre das 9h às 19h (horário de Brasília), com possibilidade de extensão caso existam filas longas. Segundo autoridades eleitorais, a expectativa é de uma apuração rápida, embora a contagem total de votos possa se estender por algumas horas.
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Conforme as pesquisas mais recentes, nenhum dos oito candidatos deve alcançar os 50% necessários para a vitória imediata. Por outro lado, os levantamentos apontam grande chance de segundo turno em 14 de dezembro. Os números da Atlas/Intel mostram Jeannette Jara, da esquerda, liderando com 33,2%. Enquanto isso, José Antonio Kast e Johannes Kaiser aparecem empatados com 16,8%, consolidando o bloco da direita e extrema-direita.
Eleições no Chile definem principais disputas
O cenário eleitoral também é marcado por temas sensíveis. Além da economia, a segurança pública domina o debate. Kast tenta se firmar como o candidato mais preparado para enfrentar o crime organizado. Segundo o CEP, 35% dos entrevistados acreditam que ele seria mais eficaz no combate ao narcotráfico. Da mesma forma, 32% apontam que ele manteria melhor a ordem social.
A migração, especialmente de venezuelanos, ganhou grande protagonismo durante a campanha. Em contraste, Jeannette Jara alerta para possíveis retrocessos em direitos das mulheres caso Kast ou Kaiser vençam. Além disso, outros candidatos, como Franco Parisi e Evelyn Matthei, seguem relevantes para a redistribuição dos votos após o primeiro turno.
Segundo turno deve intensificar polarização
Pesquisas indicam que Jara lidera o primeiro turno, mas enfrenta dificuldades no confronto direto. Como resultado, Kaiser aparece com 46% contra 41% da candidata de esquerda. Em eventual disputa com Kast, a diferença também se repete: 46% a 40%. Esses números demonstram que votos de Matthei, Kaiser e Parisi tendem a migrar majoritariamente para a direita no segundo turno, tornando a disputa ainda mais acirrada.
Além disso, a escolha do novo Congresso surge como ponto crucial. Depois da apuração, qualquer governo encontrará desafios se não formar uma base sólida, já que reformas estruturais dependerão de apoio legislativo consistente. Assim, tanto a governabilidade quanto a estabilidade política chilena passam necessariamente pelo resultado parlamentar.






















































