Um feminicídio em Parnamirim chocou moradores na manhã da segunda-feira (24). Uma mulher e um homem foram encontrados mortos no condomínio Ilha do Caribe, no bairro Liberdade, por volta das 6h30. As primeiras informações apontam que a vítima, identificada como Micaele Larissa, de 28 anos, foi morta dentro de um apartamento onde o casal estava bebendo. O imóvel não pertencia a eles.
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Segundo relatos iniciais, Micaele estaria grávida de seis meses. Uma ultrassonografia encontrada no local reforça essa possibilidade, mas o fato ainda aguarda confirmação oficial da perícia.
Homem foi encontrado morto a 300 metros; corpo levantou dúvidas
O suspeito, inicialmente identificado como Bruno, foi confirmado pela Polícia Civil como Adaílton Vital da Paz Júnior, também de 28 anos. Ele tinha mandado de prisão em aberto, era foragido da Justiça e havia violado a tornozeleira eletrônica. Adaílton respondia por tráfico de drogas e já havia passado pelo sistema prisional.
O corpo dele foi encontrado a cerca de 300 metros do apartamento, com três tiros e as mãos para trás, o que gerou dúvidas sobre a tese de suicídio. Além disso, a arma usada no crime — uma pistola — não foi localizada. A Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) considerou, inicialmente, a hipótese de feminicídio seguido de suicídio, mas aguarda o laudo pericial para confirmar a dinâmica dos fatos.
Criança de 4 anos estava no condomínio no momento do crime
O filho do casal, de 4 anos, estava no condomínio durante o crime. Ele foi acolhido pelo Conselho Tutelar e posteriormente entregue aos familiares de Micaele.
Investigação segue e polícia busca esclarecer pontos pendentes
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Parnamirim continua as investigações. Sem câmeras no condomínio, a Polícia Civil busca entender:
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Como a arma desapareceu
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Quem pode ter retirado o objeto do local
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Por que Adaílton foi encontrado tão distante e em posição incomum
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Quantos disparos atingiram Micaele — a perícia vai detalhar o número exato
Equipes do DHPP, do 3º Batalhão da Polícia Militar e do Conselho Tutelar realizaram os primeiros levantamentos no condomínio.
