O câncer segue como uma das principais causas de mortalidade no país. Entre 2023 e 2025, o Brasil registrou cerca de 705 mil casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Saúde lançou e ampliou uma série de ações em 2025, com foco em prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos de alta complexidade.
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Ampliação da mamografia no SUS
Neste ano, o SUS passou a oferecer mamografia para mulheres de 40 a 49 anos, mesmo sem sintomas — antes, o exame era recomendado apenas entre 50 e 69 anos. A idade limite também foi ampliada para 74 anos. A medida busca aumentar o diagnóstico precoce e ampliar as chances de cura.
Tratamento oncológico reforçado
O programa Agora Tem Especialistas passou a garantir acesso a cuidados de alta complexidade por meio de parcerias com hospitais privados.
Em outubro, carretas da saúde levaram consultas e exames a 22 estados.
O governo também entregou 13 aceleradores lineares, usados em radioterapia, com previsão de chegar a 121 equipamentos até o fim de 2026.
Diagnóstico mais rápido
O Ministério lançou o Super Centro para Diagnóstico de Câncer, no Hospital Albert Einstein. A unidade promete entregar laudos de biópsias cinco vezes mais rápidos, com capacidade de produzir até mil laudos por dia, utilizando telepatologia, teleconsultoria e telelaudos.
Auxílio para pacientes em radioterapia
Pacientes que precisam viajar longas distâncias para radioterapia agora terão um auxílio exclusivo:
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R$ 150 para refeições e hospedagem
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R$ 150 por trajeto de deslocamento
Vacinação e novas tecnologias
A campanha de resgate vacinal contra o HPV segue até dezembro para adolescentes de 15 a 19 anos. A imunização em dose única previne diversos tipos de câncer, como colo do útero, vulva, pênis, garganta e pescoço.
A rede pública também começou a oferecer o teste DNA-HPV, tecnologia nacional que identifica 14 tipos do vírus e substitui o Papanicolau. A implementação começou em 12 estados.
No tratamento do câncer de mama, o país recebeu o primeiro lote do Trastuzumabe Entansina, medicamento de ponta para casos HER2-positivo, uma das variantes mais agressivas da doença. Mais três lotes devem chegar até julho de 2026.
Com essas ações, o Ministério da Saúde reforça a prevenção, agiliza o diagnóstico e expande o tratamento oncológico em todo o Brasil.
