O Inventário do Patrimônio Imaterial de Natal será debatido em audiência pública neste sábado (6), a partir das 8h, no IFRN – Campus Centro Histórico. O encontro terá participação de moradores e frequentadores da Cidade Alta, Ribeira, Rocas e Santos Reis, que irão contribuir para a identificação de práticas culturais que marcam a memória e a identidade desses territórios.
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Tradições e saberes em destaque
A iniciativa busca registrar elementos como a Segunda de Vagabundo, a Ginga com Tapioca, celebrações, saberes populares e expressões culturais do cotidiano. Essas referências podem ser reconhecidas como patrimônio imaterial, garantindo preservação e valorização.
O prefeito Paulinho Freire destacou a importância da ação. “Identificar, reconhecer e tornar patrimônio nosso é uma forma de resguardar tradições. O Centro Histórico e suas redondezas são parte essencial da nossa cultura”, afirmou.
Projeto realizado por pesquisadores do IFRN
A audiência integra o projeto aprovado via edital da Funcarte e executado por pesquisadores e professores do IFRN. Para a secretária municipal de Cultura, Iracy Azevedo, o trabalho irá identificar tradições, lugares simbólicos, memórias e objetos que compõem o patrimônio imaterial dos bairros históricos.
A arquiteta e professora do IFRN Illanna Revorêdo explicou que o inventário não tem relação com tombamento de bens. “Estamos falando de registrar patrimônios que fazem parte da vida da comunidade, como a Segunda de Vagabundo. A audiência serve para esclarecer dúvidas e aproximar a população do processo”, disse.
Metodologia alinhada ao IPHAN
Illanna destacou ainda a parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que orienta a aplicação do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Segundo ela, o alinhamento metodológico permite que Natal participe da rede nacional de registros culturais.
Participação popular é essencial
A programação inclui palestra de abertura e oficinas práticas. Os participantes irão indicar quais elementos representam suas vivências e merecem registro no inventário.
A audiência é aberta ao público e tem como foco ouvir moradores da Cidade Alta, Ribeira, Rocas e Santos Reis.
