O feminicídio no Morumbi registrado na manhã deste sábado (13) expôs mais um caso grave de violência doméstica em São Paulo. Rosinei Aparecida Johann dos Santos Amaral, de 54 anos, foi morta a facadas pelo próprio marido, Osmar dos Santos Amaral, de 60 anos, dentro da residência onde ambos trabalhavam como caseiros, na zona sul da capital paulista.
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Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o crime ocorreu por volta das 9h40, na rua Dr. Wilton Paes de Almeida. Conforme apurado, momentos antes do ataque, Rosinei teria revelado ao companheiro uma infidelidade, o que pode ter motivado a agressão. No entanto, a polícia ainda apura oficialmente as circunstâncias do crime.
Após matar a esposa, Osmar fugiu do local em uma caminhonete. Contudo, horas depois, a Polícia Militar conseguiu localizá-lo e prendê-lo na cidade de Irani, em Santa Catarina, próxima à divisa com o Paraná. Posteriormente, ele foi encaminhado para a Delegacia de Concórdia, onde permaneceu à disposição da Justiça.
Feminicídio no Morumbi expõe histórico de conflitos
Conforme relato do proprietário do imóvel, identificado apenas como Camillo, o casal trabalhava na residência havia cerca de 20 anos. Apesar disso, nos últimos meses, os dois enfrentavam problemas conjugais. Segundo ele, Osmar chegou a pedir que o patrão demitisse Rosinei, o que indica que os conflitos já vinham se agravando.
O corpo da vítima foi encontrado pelo próprio empregador. Ao acordar, ele estranhou a rotina da casa, já que o café da manhã não estava preparado e os animais permaneciam sem cuidados. Em seguida, resolveu ir até a casa dos caseiros, localizada dentro da propriedade. Ao entrar no imóvel destrancado, desceu uma escada e avistou os pés da vítima, acionando imediatamente a polícia.
De acordo com os agentes que atenderam a ocorrência, Rosinei estava caída de costas e apresentava diversas perfurações causadas por faca. A equipe do Instituto de Criminalística realizou a perícia no local, enquanto o Instituto Médico Legal recolheu o corpo.
Assim, o caso foi registrado como feminicídio no 89º Distrito Policial, no Jardim Taboão. A Polícia Civil segue investigando o crime, ouvindo testemunhas e reunindo provas para esclarecer completamente os fatos.