O comércio de vendas entram na reta final com projeções animadoras para o varejo brasileiro. A menos de uma semana da data comemorativa, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que o setor pode registrar o melhor Natal desde 2014. Conforme a entidade, as vendas devem se aproximar de R$ 73 bilhões, o que representa crescimento de 2% em relação a 2024.
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Logo, lojistas relatam aumento no movimento, impulsionado principalmente pelo pagamento do 13º salário. Além disso, levantamento da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro aponta que vestuário, calçados e acessórios lideram a lista de produtos mais procurados. Na sequência, aparecem brinquedos, lembrancinhas, artigos de perfumaria e eletrônicos, que tradicionalmente ganham espaço no fim de ano.
vendas impulsionam varejo, apesar dos desafios
No Rio de Janeiro, seis em cada dez moradores afirmam que pretendem presentear alguém neste Natal. Embora o índice seja ligeiramente superior ao de 2024, o orçamento médio mostra retração. Segundo a pesquisa, o gasto médio deve cair de R$ 312 em 2024 para R$ 293 em 2025. Mesmo assim, o aumento no número de consumidores ajuda a sustentar o desempenho positivo do comércio.
Enquanto isso, na Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular do país, os lojistas projetam crescimento de até 8% nas vendas. Conforme os comerciantes, produtos com personagens infantis concentram a maior procura e se tornaram a principal aposta para atrair consumidores nos últimos dias antes do Natal.
Assim, o varejo chega aquecido ao fim de ano. Em média, as vendas sobem cerca de 25% de novembro para dezembro. Por outro lado, no segmento de vestuário e acessórios, esse avanço pode alcançar até 80%. No entanto, o cenário econômico impõe limites ao consumo, especialmente por causa do crédito mais caro.
Dados do Banco Central mostram que a taxa média de juros do crédito livre para pessoas físicas chegou a 58,3% ao ano, o maior patamar desde 2017. Como resultado, cresce o risco de inadimplência e diminui a disposição para compras de maior valor. Segundo a CNC, 30,5% dos consumidores estão com contas em atraso, enquanto 13,2% dizem não conseguir pagar dívidas, ambos em níveis recordes.
