Um tornado em Farroupilha causou destruição na Serra do Rio Grande do Sul na tarde desta terça-feira (23). Segundo a Defesa Civil estadual, o fenômeno atingiu a localidade de Vila Rica e provocou prejuízos materiais, além de afetar outros 17 municípios gaúchos em razão das chuvas fortes e dos ventos intensos.
Na zona rural de Farroupilha, os ventos ultrapassaram os 100 km/h. Como resultado, uma escola perdeu parte do telhado e pelo menos 15 residências sofreram danos estruturais. Ainda assim, até o momento, as autoridades não registraram feridos.
Tornado em Farroupilha teve curta duração, mas forte impacto
De acordo com a Defesa Civil, o tornado em Farroupilha ocorreu de forma rápida. No entanto, apesar da curta duração, o fenômeno apresentou força suficiente para causar danos significativos. Após a análise de imagens aéreas, os técnicos confirmaram o evento meteorológico.
Conforme o órgão, os destroços foram arremessados em diferentes direções. Por isso, o padrão de destruição indicou claramente a formação de um tornado, e não apenas rajadas lineares de vento, comuns em temporais severos.
Chuvas e ventania atingem outros municípios do Estado
Além de Farroupilha, outros 17 municípios do Rio Grande do Sul registraram ocorrências associadas às chuvas intensas. Em Cândido Godoy, por exemplo, a água cobriu pontes e pontilhões, o que levou à interdição parcial e total de estradas vicinais.
Em Campos Borges, o acúmulo de água bloqueou estradas, enquanto o arraste de pedras atingiu residências. Já em Erval Seco, os alagamentos comprometeram ruas, estradas e pontilhões, dificultando o tráfego em várias regiões.
No município de Frederico Westphalen, o sistema de drenagem não suportou o volume de chuva. Dessa forma, ruas centrais e bairros ficaram alagados, atingindo 18 residências e sete estabelecimentos comerciais. Além disso, o Corpo de Bombeiros precisou intervir para liberar a água represada.
Alagamentos, destelhamentos e resgates mobilizam equipes
Enquanto isso, em Santa Rosa, as equipes realizaram a retirada preventiva de três famílias que viviam em área de risco. Além disso, 14 pessoas ficaram desabrigadas e seguiram para abrigo temporário em um ginásio municipal.
Em Soledade, a lama invadiu cerca de 20 casas. Já em Seberi, o transbordamento de um rio deixou três pescadores ilhados, que receberam resgate com segurança. Da mesma forma, em Santo Cristo, as chuvas causaram inundação de residências, quedas de muros e danos em estradas e pontes do interior.
Por fim, em Tuparendi, a drenagem urbana operou acima da capacidade. Como consequência, a água se acumulou em ruas e calçadas e afetou pelo menos cinco residências.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul segue monitorando a situação. Enquanto isso, o órgão reforça o alerta para que a população acompanhe os avisos meteorológicos e adote medidas preventivas, principalmente em áreas vulneráveis.
