Ocorre nesta quinta-feira (28), no Fórum Miguel Seabra, o júri popular do caso de Dayana Deisy Oliveira de Lima, técnica de enfermagem e socorrista do SAMU, assassinada em 11 de novembro de 2019, em Natal. O acusado é o ex-marido de Dayana, o policial militar Luiz Galdino da Silva, que, segundo as investigações, teria mandado matar a ex-companheira, mesmo com uma medida protetiva em vigor contra ele.
Dayana, de 29 anos, foi morta a tiros em frente à casa de sua mãe, no Conjunto Parque das Dunas, zona Norte de Natal. A polícia apurou que o ex-marido, não aceitando o término do relacionamento, teria contratado o também policial militar da reserva, Jairo Queiroz da Silva, de 60 anos, para cometer o crime. Jairo foi identificado como o autor dos disparos que mataram Dayana.
Na noite do assassinato, a vítima estava em sua residência quando ouviu alguém chamá-la do lado de fora. Ao sair para ver quem era, foi atingida por vários disparos de arma de fogo. Um dos filhos de Dayana presenciou o momento da morte de sua mãe. A testemunha que presenciou a cena afirmou ter visto o sargento Luiz Galdino deixar o local após os disparos.
O caso, que foi investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apontou o envolvimento de ambos os policiais no crime. Luiz Galdino foi preso em 13 de novembro de 2019 e está custodiado desde então. Jairo Queiroz da Silva também foi preso e, à época, negou envolvimento no homicídio.
O caso de Dayana Deisy é mais um reflexo da violência contra a mulher, especialmente em situações em que, apesar das medidas de proteção, as vítimas continuam sendo alvo de agressões e até homicídios. Dados recentes mostram que, no Rio Grande do Norte, mais de 36 mil medidas protetivas foram emitidas entre 2020 e 2024, refletindo a persistência da violência doméstica e familiar.
Este julgamento ocorre na semana em que se comemora o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro), reforçando a necessidade de combater a violência e garantir a segurança e dignidade das mulheres.