No Brasil, cerca de 50 adolescentes morreram depois de participar de jogos de ódio pela internet nos últimos dois anos. Neste cenário, os aplicativos que monitoram os filhos se tornaram importantes aliados dos pais na guerra contra os crimes virtuais.
A adolescência é um momento de transição, marcado por mudanças físicas e psicológicas. Nesse caminho entre deixar de ser criança e se tornar um adulto, muitos jovens acabam se distanciando dos responsáveis e ficam cada vez mais expostos às influências externas — positivas e negativas. É quando o uso da internet vira uma preocupação ainda maior.
“A gente tem visto adolescentes e, às vezes, até crianças participando de desafios em troca de ‘likes’, de pertencimento, de visualização e cometendo muitas atrocidades por conta disso”, afirma Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
LEIA TAMBÉM: Mossoró realiza vacinação contra a Influenza neste sábado (17)
Impor limites aos filhos é fundamental, alerta o psiquiatra Erick Petry: “Muitas crianças têm suas frustrações, seja quais forem, e as que são mais frustradas, elas hoje estão tentando buscar o porquê, às vezes, em ‘deep web’, nessas redes, e, aí, vão se formando grupos, ideias, e eles vão se contaminando”.
A ferramenta que pode ajudar os pais está na própria internet. Basta baixar aplicativos que monitoram o celular dos filhos. Mesmo longe, é possível: saber há quanto tempo eles estão conectados e limitar o tempo de uso do aparelho; bloquear a tela e os aplicativos indesejados; e ainda usar a geolocalização para saber onde a criança ou adolescente está. Os responsáveis são notificados sempre que os menores baixarem um aplicativo novo.
SBT News
