Com o fim da campanha se aproximando, a vacinação contra influenza no Rio Grande do Norte segue abaixo do esperado. Até esta semana, apenas pouco mais de 33% da população potiguar se imunizou. Em Natal, a situação é ainda mais preocupante, com cobertura em torno de 20%. Em Mossoró, o índice chega a 33,20%. Os dados, obtidos por meio da plataforma RN Mais Vacina, revelam o alerta das autoridades de saúde quanto à baixa adesão da população.
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Diante do cenário, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação para toda a população acima de seis meses de idade, e não apenas para os grupos prioritários. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) seguiu a orientação, permitindo que todos os municípios do RN estendam a cobertura.
Baixa procura aumenta risco de internações
Mesmo com a expansão, a procura continua aquém do necessário. Entre os grupos prioritários, as gestantes lideram com 51,52% de cobertura, seguidas pelos idosos, com 36%, e crianças, com apenas 25%. A consequência dessa baixa imunização já aparece na prática: cresce a demanda por atendimentos médicos e internações causadas pela influenza.
O doutor em imunologia Leonardo Lima, pesquisador do LAIS/UFRN, alerta para o perigo dessa tendência. “A vacinação induz imunidade e é essencial para proteger a população. As vacinas são atualizadas anualmente e garantem maior eficácia contra o vírus”, explicou.
Além de monitorar os dados da atual campanha, a plataforma RN Mais Vacina também permite acompanhar o histórico vacinal da população, auxiliando gestores na tomada de decisões.
Apesar da baixa cobertura geral, o RN aparece em 8º lugar no ranking nacional entre os estados com maior adesão à vacinação contra influenza, ficando à frente de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba. Mesmo assim, especialistas reforçam a importância da vacinação como principal forma de prevenção.
