O percentual de domicílios do Rio Grande do Norte que realizam despejo inadequado de esgoto caiu de 26,6% em 2023 para 15,9% em 2024. Mesmo assim, o índice ainda está acima da média nacional, estimada em 14,4% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) divulgada na quinta-feira (22). O levantamento aponta que cerca de 197 mil residências potiguares ainda destinam dejetos para fossas rudimentares, valas, rios, lagos ou mar.
Queda gradual nos últimos anos
O IBGE mostra que o estado vem reduzindo o esgotamento precário nos últimos anos. Em 2019, 54,7% das residências do RN estavam nessa condição; em 2022, o índice caiu para 24,1%.
A diferença entre áreas urbanas e rurais ainda é marcante:
Rural: 43,2% das residências têm despejo inadequado.
Urbana: 10,5% dos domicílios estão nessa situação.
No Brasil, os índices chegam a 53,8% em áreas rurais e 9,5% em áreas urbanas.
Mais de 84% têm esgotamento adequado
Em 2024, 84,1% dos domicílios potiguares passaram a ter esgotamento considerado adequado — avanço de 10,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
As principais soluções utilizadas no estado são:
Rede geral ou rede pluvial – presente em 38,1% dos domicílios;
Fossa séptica não ligada à rede – em 40% das residências;
Fossa séptica ligada à rede – 6% do total.
Nas cidades, 45% das moradias têm acesso à rede geral, enquanto nas áreas rurais esse percentual é de apenas 3,4%.
Região Metropolitana e Natal
Na Região Metropolitana de Natal, cerca de 55 mil domicílios (10,1%) ainda despejam esgoto de forma inadequada. Em 2023, o índice era de 22,5%.
Na capital potiguar, houve nova melhora: a taxa caiu de 5,6% para 4,1% em um ano. Já o percentual de residências com esgotamento considerado adequado chegou a 95,9%, com destaque para a rede geral ou pluvial, que passou de 52% para 63,7% entre 2023 e 2024.
