O governo enviou ao Congresso Nacional na sexta-feira (29) o projeto de Orçamento de 2026, propondo superávit e salário mínimo reajustado para R$1.631. O texto prevê um superávit primário de R$34,5 bilhões e crescimento do PIB de 2,44% para o próximo ano.
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Atualmente, o piso nacional é de R$1.518. O valor de 2026 considera a inflação estimada até novembro e um ganho real de 2,5%, mas poderá sofrer ajustes conforme variação do índice de preços. Além disso, o orçamento prevê R$2,577 trilhões em receitas líquidas e R$2,601 trilhões em despesas totais.
Investimentos e gastos sociais
O Projeto de Lei Orçamentária Anual também prevê R$245,5 bilhões para a saúde, incluindo R$84,7 bilhões para hospitais e atendimentos de alta complexidade. Para educação, estão destinados R$133,7 bilhões, com destaque ao ensino básico e ao programa Pé-de-Meia.
O Bolsa Família recebe R$158,6 bilhões para atender cerca de 20 milhões de famílias. Outros programas, como Auxílio Gás e Programa de Aquisição de Alimentos, totalizam R$5,88 bilhões, reforçando o compromisso social do governo.
O arcabouço fiscal permite que os gastos cresçam até 70% da arrecadação, com limite de alta real entre 0,6% e 2,5%. O orçamento reserva R$83 bilhões para investimentos e R$52,9 bilhões para o PAC, consolidando planos de desenvolvimento econômico e infraestrutura.
Apesar das iniciativas sociais, a maior parte do orçamento é comprometida com despesas obrigatórias. A Previdência Social deve consumir R$1,1 trilhão, enquanto juros e amortizações da dívida somam mais de R$2,8 trilhões. Analistas avaliam que atingir a meta de superávit será desafiador, considerando o aumento das despesas obrigatórias e a previsão de déficit de 0,6% do PIB pelo mercado.
