Foram expedidos na manhã desta quinta-feira (15) o alvarás de soltura para o ex-policial militar Wendel Fagner, conhecido como Wendel Lagartixa, o sargento da Polícia Militar Rogério Cruz e o ex-PM, João Maria Peixoto, o João Grandão, que está foragido. A decisão é do juiz José Armando, da 2ª Vara Criminal de Natal. Os advogados de defesa, João Antônio e Kátia Nunes, confirmaram o recebimento dos alvarás e agora seguem para a Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim para acompanhar a soltura dos clientes.
Wendel Lagartixa, que também é candidato a deputado estadual pelo PL, e o sargento Cruz foram presos em 20 de julho deste ano durante a Operação Aqueronte. O ex-PM está foragido. A denúncia contra os três acusados e uma quarta pessoa foi oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) na quarta-feira (14). A justiça acatou a denúncia do triplo homicídio e os acusados vão aguardar o processo em liberdade.
A Operação Aqueronte surgiu quando a Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) teve como objetivo prender os envolvidos no triplo homicídio que aconteceu dia 29 de abril deste ano, por volta das 14h, no bairro da Redinha, na zona norte de Natal.
Yago Lucena Ferreira, Rommenigge Camilo dos Santos e Felipe Antoniere Araújo foram mortos a tiros no dia 29 de abril deste ano, dentro de um bar no bairro da Redinha, na zona Norte da capital potiguar.
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De acordo com o MPRN, além de matarem os três homens, o grupo de extermínio ainda tentou assassinar mais três outros homens que estavam no local. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o ajudante de cozinha Yago Lucena Ferreira e o ajudante de pedreiro Felipe Antoniere Araújo foram mortos por motivo torpe por “queima de arquivo”, simplesmente porque testemunharam a morte de Rommenigge Camilo dos Santos, alvo principal do grupo criminoso.
Toda a ação criminosa do grupo durou apenas cerca de 27 segundos, segundo registrado pelas câmeras de segurança do bar onde os assassinatos foram cometidos. Os assassinos ainda trocaram de roupas e de carros logo após as mortes com o objetivo de dificultar as investigações.
A operação foi batizada de “Aqueronte” em alusão ao nome da rua em que o crime ocorreu (rua Rio Doce). Segundo a mitologia grega, o rio Aqueronte era utilizado por Carontes, o barqueiro de Hades, que carregava as almas dos recém-mortos sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos.
