Com a definição de quem vai comandar o país a partir do ano que vem ficando para o segundo turno das eleições, os dois candidatos correm em busca de apoio de outros partidos e políticos. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, saiu do primeiro turno com 43,20% dos votos válidos contra 48,43% conquistados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma diferença de cinco pontos percentuais.
As viagens de campanha de Jair Bolsonaro (PL) devem recomeçar na próxima 4ª feira (5.out). São Paulo e Minas Gerais são dois estados prioritários para a campanha à reeleição. A aposta é ampliar o antipetismo com o palanque de Tarcísio de Freitas no maior colégio eleitoral do país (São Paulo) e reverter o cenário em Minas, único estado do sudeste onde o candidato à reeleição perdeu para Lula.
Nesta 3ª feira, Bolsonaro terá um encontro com governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Ele já declarou apoio ao presidente. Os dois e a equipe de campanha podem alinhar as estratégias daqui para frente. Depois da vitória em Minas, Romeu Zema, do Novo, falou que não vai apoiar o PT no 2º turno. Mais cedo, após uma reunião, Bolsonaro e Zema falaram com jornalistas.
“Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado, eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário [Lula]”, afirmou Zema.
No domingo (2.out), após a apuração dos votos, o presidente disse que espera contar com o apoio de quem saiu vitorioso: “é natural os candidatos se preocuparem muito mais com a campanha deles do que com a presidencial, então agora a campanha é a nossa, então acredito que isso vai ajudar a gente a conseguir votos suficientes para ganhar as eleições”.
Alianças
O candidato do PT à Presidência da República, Lula, reuniu-se com a equipe de campanha, em São Paulo, para traçar os planos para a disputa do segundo turno.
O ex-presidente revelou alguns dos planos para os próximos dias, entre eles, buscar novos aliados: “nós temos que conversar com todas as pessoas desse país que não votaram conosco no primeiro turno, agora a escolha não é ideológica. Nós vamos conversar com todas as forças políticas que tenham voto, que tenham representatividade, que tenham significância política para que a gente consiga somar num bloco os democratas contra aqueles que não são democratas”.
A campanha de Lula espera uma oficialização do apoio de Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no 1º turno, com 4,1% dos votos válidos. E também vai atrás do União Brasil. O presidente da legenda, o deputado federal Luciano Bivar, prometeu se posicionar ainda nesta 3ª feira (4.out). O candidato a vice na chapa e ex-tucano, Geraldo Alckmin (PSB) terá papel importante para convencer o PSDB a apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Outro desejo do PT é ter o apoio do PDT, de Ciro Gomes. A legenda tem reunião virtual nesta terça-feira (4.out). O presidente do partido, Carlos Lupi, vai apresentar a definição logo após o encontro. Há uma tendência forte que seja a favor de Lula. E Ciro Gomes, que depois da apuração do 1º turno disse que pensaria sobre o tema, deve quebrar o silêncio já que, no partido, a questão estará resolvida.
Fonte: SBT NEWS
