Faltando poucas horas para o segundo turno, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) adotaram uma estratégia semelhante: ambos escolheram estados com maior representação nas urnas — os ditos maiores colégios eleitorais — para o último dia de campanha. Bolsonaro chegou a Minas Gerais logo pela manhã, onde participou de uma motociata. Enquanto isso, Lula cumpre agenda em São Paulo, após conceder declarações ao lado do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica.
As ações de Bolsonaro foram pelas ruas da capital Belo Horizonte. Ao lado do governador Romeu Zema (Novo), e de outros políticos que o apoiam, com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL). O presidente que tenta à reeleição não fez pronunciamentos oficiais. Mas, em rede social, compartilhou mensagens de criticas ao opositor petista e que exaltam os microempreendedores individuais — os MEIs. Entre as mensagens estava a indicação de que o tipo de contratação não faz pagamentos a sindicatos.
Lula rebateu durante entrevista coletiva à imprensa, em São Paulo. “Eles mudaram a regra e colocaram o MEI como se fosse trabalhador registrado com carteira profissional. E eu disse que ele [Bolsonaro] estava errado, que ele não podia colocar o MEI nessa relação de capital de trabalho, empregado e empregador, porque não existe. O MEI são pequenos empreendedores, que fui eu que criei no meu governo […] e ele está dizendo na rede social que eu quero acabar com o MEI”, disse.
“O emprego e desemprego eram medidos no Brasil por uma instituição chamada Caged, do Ministério do Trabalho, em que você contabilizava o trabalhador que era contratado, o trabalhador que era demitido e o saldo era a quantidade de emprego que você gerava nesse país, e sempre foi assim historicamente”, declarou Lula. “Eu sinceramente não consigo conceber como alguém disputa uma eleição mentindo descaradamente a campanha inteira”, afirmou.