A Polícia Federal (PF) informou nesta 4ª feira (11.jan) que 1.843 pessoas foram conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) à Academia Nacional de Polícia, em Brasília, por envolvimento com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Ainda de acordo com a PF, identificou todos os detidos e eles responderão, “na medida de suas responsabilidades, por crimes de terrorismo, associação criminosa, atentado contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, perseguição, incitação ao crime, dentre outros”.
Os idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e pais/mães acompanhados de crianças foram priorizados no processo de identificação e definição dos crimes cometidos. Dentre os mais de 1,8 mil detidos, 684 pertencem a esses grupos e vão responder em liberdade. Os 1.159 restantes foram qualificados, interrogados e presos pela PF; a corporação os entregou à Polícia Civil do DF, responsável pelo encaminhamento ao Instituto Médico Legal (IML) e, depois, ao sistema prisional.
A PF reforça que durante toda a permanência na Academia Nacional, os detidos receberam alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar) e hidratação. Além disso, contaram com equipes médicas para atendê-los caso fosse necessário. Houve 433 atendimentos. Dentre estes atendidos, 33 foram levados para unidades de saúde.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Defensoria Pública da União acompanharam os procedimentos realizados pela PF na academia. Mais de 550 agentes fizeram as atividades de polícia judiciária da Polícia Federal no local, que duraram 57 horas ininterruptas. Segundo a corporação, foi a maior operação de polícia judiciária de sua história.
SBT News