Nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro criticou um acordo assinado entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o WhatsApp para adiar o lançamento de novas ferramentas do aplicativo no país, entre elas a que permite a criação de grupos com milhares de pessoas. Bolsonaro disse que “isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, não tem problema, agora, abrir uma excepcionalidade para o Brasil, isso é inadmissível, inaceitável e não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito para o Brasil, com informações que eu tenho até o presente momento”, afirmou.
O presidente participou de mais um passeio de moto, acompanhado de apoiadores em Americana, no interior de São Paulo, ao lado de seu pré-candidato ao governo do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro também falou em censura nas eleições.
“Censura, discriminação, isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês nem por lei quem dirá por um acordo. Esse acordo não tem validade”, disse, ao repetir que todos devem “jogar dentro das quatro linhas” da Constituição. “O Brasil seguirá livre custe o que custar”, afirmou o presidente.
O WhatsApp estuda implementar, nos próximos meses, um recurso chamado “comunidades”, a partir do qual será possível agregar grupos para interagir com milhares de pessoas. Atualmente, o número máximo de participantes de um grupo é 256 pessoas.
Devido ao acordo que firmou com o Tribunal Superior Eleitoral para as eleições deste ano, a empresa se comprometeu a aguardar o segundo turno para lançar essa e outras possíveis novidades. O aplicativo foi considerado um dos principais meios de desinformação no pleito de 2018 e vinha tomando medidas para tentar reduzir esse impacto.