A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu o patenteamento definitivo de um dispositivo que consegue a liberação direcionada de fármacos em diferentes regiões do trato gastrointestinal. A funcionalidade é alcançada por meio de partículas carreadoras em escala nanométrica e micrométrica capazes de incorporar moléculas terapêuticas de natureza tanto hidrofílicas como hidrofóbicas, ou seja, independente de sua afinidade ou aversão a água. Waldenice de Alencar Morais, docente do Departamento de Farmácia e professora orientadora da pesquisa que deu origem ao depósito em 2015, explica que a nova tecnologia pode ser aplicada à indústria farmacêutica de uso humano ou veterinário, química e de alimentos.
A carta-patente recebeu o nome: método de preparação e produto de co-reticulação de sistemas particulados de quitosana com sulfato de sódio e genipina aplicada à incorporação de moléculas terapêuticas para fins de liberação modificada, e sua elaboração contou com a participação também de Arnóbio Antônio da Silva Júnior e Gabriela Diniz Fonseca. A pesquisa que deu origem à invenção foi realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.
Patenteamento
O patenteamento de uma nova tecnologia é analisado e concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia e responsável pelo aperfeiçoamento, disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. Segundo o Inpi, receber a carta-patente de um produto significa ter o direito de impedir terceiros de produzir, usar, colocar à venda, vender ou importar, sem o seu consentimento, o produto objeto de patente ou processo ou produto obtido diretamente por processo patenteado.
Fonte: Portal da UFRN
