“Deparamos com uma situação muito desagradável, muito difícil de lidar, era um bilhete de ódio, de racismo, preconceito, insinuações a respeito até da índole do meu marido e deixou a gente muito abalado naquele momento, porque fomos pegos de surpresa”, desabafa Renata Janielly, através de suas redes sociais.
As ofensas racistas eram destinadas a Alan Batista, de 33 anos, marido de Renata. Um bilhete foi deixado enrolado em uma maçaneta do carro da família, no último domingo (1), em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Eles estavam saindo de casa com o filho de 7 anos, quando viu o papel com dizeres como “bicho preto fedorento”, “você fede a bosta” e “não passa de um inseto”.
“Nosso filho estava junto e não conseguimos disfarçar, mas foi bom pra ele saber o que pode acontecer daqui pra frente, a gente tem que preparar o filho pro mundo. Ao primeiro momento vem uma raiva enorme. Fizemos um B.O, contratamos um advogado. A gente vai fazer com que essa pessoa pague, na forma da lei. Racistas não passarão”, explica Renata.
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A Polícia Civil do estado afirmou que o Boletim de Ocorrência foi registrado no dia 02, na Delegacia Municipal de São Gonçalo do Amarante. O inquérito foi instaurado e está sendo investigado. “Infelizmente as câmeras de segurança não funcionam. Mas a vítima foi ouvida e testemunhas também. O suposto suspeito é um provável morador do condomínio. Outras pessoas ainda passarão por oitiva”, disse o delegado Orlando.
Renata ainda exaltou as qualidades do marido, que é empreendedor. “Quem conhece meu marido sabe que ele é um homem muito trabalhador. Ele é um negro lindo, que eu tenho muito orgulho, e isso faz com que as pessoas se incomodem em ver um preto conquistando algo, subindo na vida. Quantos corações cheios de ódio e preconceito existem ainda?”.