A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quarta-feira (25), a décima nona fase da Operação Lesa Pátria, que mira suspeitos de envolvimento, participação e financiamento nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram depredadas e invadidas, em Brasília (DF). Doze investigados são alvos de medidas judiciais hoje, sendo cinco mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão.
Um dos alvos de busca e apreensão é Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho de Jair Bolsonaro (PL). Primo de três dos filhos do ex-presidente e muito próximo de Carlos Bolsonaro, Índio participou do 8/1 e fez postagens nas redes sociais mostrando sua participação nos atos. Ele já tinha sido alvo de busca e apreensão na terceira fase da Lesa Pátria, em janeiro.
No meio político, Índio trabalhou como auxiliar administrativo júnior no Senado Federal e integrou os gabinetes parlamentares dos senadores Carlos Viana (Podemos-MG) e Chico Rodrigues (PSB-RR). Em 2022, concorreu a deputado distrital pelo PL no DF, mas não se elegeu. Agentes federais cumprem as medidas em Brasília (DF), Santos (SP), São Gonçalo (RJ), Cuiabá (MT) e Cáceres (MT). Todos os mandados foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
As ações de hoje ocorrem um mês e meio após o próprio Moraes homologar a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, com a PF. De acordo com a PF, os fatos investigados incluem os seguintes crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
*Com informações do SBT News
