O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, falou neste domingo (18), com jornalistas sobre as investigações da fuga de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
Lewandowski destacou que não é uma investigação simples. “Com relação às buscas, é algo que não podemos precisar, o terreno é complexo no ponto de vista das buscar, porque ele é basicamente coberto por matas, é uma zona rural, é uma área extensa… Existem vias vicinais, isso complica a busca também. É um trabalho complexo, é uma busca por duas pessoas em uma área extensa. Não temos prazo determinado. Começamos com 300 agentes das mais diversas forças e hoje estamos com aproximadamente 250 policiais em cada um dos turnos, por tanto, não estamos poupando esforços. Além dos equipamentos que nós temos, estamos colocando à disposição dessas forças helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos tecnológicos, sofisticados, para termos o sucesso que esperamos ter nessas buscas. Mas não há prazo.”, enfatizou.
O ministro ainda falou que as equipes ainda acreditam que os fugitivos permaneçam num perímetro de 15 quilômetros do presídio.
O diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza, falou sobre os esforços das equipes. “Seguimos com toda energia possível, realizando as buscas nos perímetros definidos, que são reavaliados constantemente, a partir da identificação de novos elementos. Temos os esforços incomensuráveis dos Policiais Rodoviários Federais, das polícias militares, civis, os policiais penais federais e estaduais que alargam esses cinturões de proteção, o que nos dá ainda mais segurança acerca da correção da estratégia definida. Outras informações, por questão de sigilo investigativo, evidentemente não podemos revelar. Quanto à segurança da sociedade de Mossoró e das redondezas, talvez nunca tenha havido tantos policiais federais nessas circunvizinhanças, então a sociedade está segura”, disse.
Quanto ao episódio de arrombamento a uma residência na Comunidade Riacho Grande, na RN-015 em Mossoró, nas proximidades do presídio, o diretor-geral em exercício da Polícia Federal enfatizou que “não foi um episódio violento” e que a família permanece em segurança.
Já o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, reforçou a dificuldade das buscas, relembrando a fala do ministro Lewandowski sobre o terreno ser de difícil patrulhamento. “No decorrer do tempo e com a gente caminhando com as investigações pela polícia judiciária e com o pessoal em campo recolhendo informações necessárias para alimentar essas investigações e a PRF também fazendo todo esse esforço de perímetro para evitar uma fuga desse cerco menor citado, os 15 km. Mas ressaltando, realmente, que o terreno não é um terreno fácil. Mas os esforços estão sendo todos empregados e a polícia não vai desistir, o Estado não vai desistir de fazer cumprir com a lei”, disse.
Por fim, o ministro ressaltou: “Embora tenha sido um momento difícil, uma conjunção de fatores que não deveriam ter acontecido, como, por exemplo, uma construção mal administrada dentro do Complexo Prisional e alguns equipamentos tenham falhado. Embora tenha sido um episódio menor dentro de toda a história das penitenciárias federais de alta segurança, eu quero dizer que o Estado brasileiro está presente, o Estado veio em “peso”, nós viemos de Brasília com as autoridades policiais do mais alto escalão e tivemos a satisfação também de ter hoje pela manhã a presença da governadora Fátima Bezerra, que veio também acompanhar as investigações e veio colocar todo o seu efetivo policial e todos os recursos materiais e humanos do Estado à disposição da União, do ministério da Justiça e Segurança Pública para solucionar essa questão no prazo mais breve possível”.