Pressão por resultados, situações de estresse, responsabilização por toda equipe, sem contar problemas familiares e financeiros. Este é o cenário propício para o agravamento da saúde mental de líderes. Quem acolhe e humaniza as angústias e frustrações de lideranças é o psicólogo, Ricardo Chaves, que analisa o tema em Liderança no Divã.
Vista como um tabu em muitas áreas, a saúde mental sofre um preconceito ainda maior em cargos de chefia ou coordenação de equipes – alerta o especialista em saúde mental e desenvolvimento de líderes. Estes profissionais são geralmente vistos com estereótipos de perfeição e excelência, relegando a um segundo plano o tratamento das emoções e o desenvolvimento da maturidade emocional.
“Perante à sociedade, o autocuidado do líder fragiliza a posição, vulnerabiliza o herói e destrona a referência. Nos exigimos acima do que realmente é possível para um ser humano competente e saudável”, alerta o especialista, que também viveu na pele a posição de liderança, já a partir dos 19 anos.
Entre os psicodiagnósticos originados nas relações de trabalho – e que o líder não está imune – estão depressão, ansiedade, burnout e condutas autodestrutivas, por exemplo, o uso abusivo de substâncias psicoativas, alcoolismo, dependência de drogas lícitas e ilícitas, ao comportamento suicida. “Todo líder experimenta, em situações específicas, momentos de solidão e profunda angústia existencial. Poucos admitem isso”, reconhece Ricardo.
