O ministro Fernando Haddad, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o ministério da Fazenda, fez da cerimônia de posse uma oportunidade para mandar recados ao mercado financeiro, a quem estará na oposição ao governo e também para os antecessores que, durante a campanha eleitoral e na véspera da mudança de governo, editaram decretos que permitiram isenção de mais de R$ 10 bilhões em tributos para grandes empresas.
Haddad ressaltou que, de imediato, as isenções foram revogadas porque, de acordo com o ministro, ferem a lei e foram concedidas sem avaliação de critérios técnicos. Enquanto discursava, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, acompanhava atenta na segunda fileira do teatro do Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. O ministro da Fazenda fez questão de citar a colega de ministério e disse que eles devem trabalhar de forma conjunta, com entrosamento.
Haddad usou uma figura de linguagem e afirmou que, se antes Paulo Guedes era o chamado “posto Ipiranga” que centralizava todas as questões econômicas em uma única pasta, agora ele, Alckmin (Indústria), Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão) serão uma rede de postos.
Após o fim da cerimônia, já na saída, Tebet seguiu a linha de Haddad e disse que nos próximos dias eles já farão reuniões conjuntas e que a ideia é agregar os planos e ideias para o política econômica do país. “Não estamos aqui para aventuras. Estamos aqui para assegurar que o país volte a crescer para suprir as necessidades da população em saúde, educação, no âmbito social e, ao mesmo tempo, para garantir equilíbrio e sustentabilidade fiscal”, declarou.
Fonte: SBT NEWS
