Os franceses continuam protestando contra a aprovação da reforma da previdência. Na manhã desta 2ª feira (27.mar), manifestantes bloquearam a entrada do Museu do Louvre, em Paris, forçando a suspensão temporária das atividades do local. A ação frustrou a visita de centenas de visitantes que esperavam na fila.
“O Louvre permanece fechado enquanto os sindicatos protestam contra as mudanças antidemocráticas de Macron na lei de aposentadoria. Eu apoio o direito deles de greve, mas é lamentável que meus clientes tenham que cancelar e guias independentes não sejam pagos se não pudermos trabalhar”, disse uma guia turística.
Os protestos, realizados desde janeiro, foram intensificados após a fala do presidente Emmanuel Macron, que, mesmo com a forte rejeição do público, defendeu a reforma da previdência. “Essa reforma não é um luxo, é uma necessidade do país”, disse o político, que aprovou, por meio do artigo 49.3, a medida sem o aval do Parlamento.
Para 3ª feira (28.mar), os sindicatos trabalhistas preparam uma nova rodada de greves, além de novas marchas de protesto. Na última semana, a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, disse que, apesar de também defender a reforma, está aberta a conversas com os sindicatos e que não pretende utilizar o artigo 49.3 novamente.
