Hemofilia é uma doença de origem genética/hereditária, que se caracteriza por um distúrbio na coagulação sanguínea, levando a sangramentos prolongados e em maior volume, causando uma desordem no mecanismo e hemorragia. Manifesta-se, na maioria dos casos, no sexo masculino. O diagnóstico deve ser feito através de teste genético, que permite estabelecer melhores estratégias terapêuticas.
O dia 17 de abril foi escolhido para celebrar o “Dia Internacional da Hemofilia”, pois foi quando nasceu Frank Schnabel, hemofílico e fundador da Federação Mundial de Hemofilia. Schnabel atuou pela melhoria da qualidade de vida dos hemofílicos. A data pretende chamar a atenção e ampliar a discussão sobre assuntos relacionados à doença e para ressaltar a importância de se investir constantemente na melhoria do tratamento dessas pessoas.
O que acontece em indivíduos saudáveis, quando ocorre um sangramento devido a um corte? Proteínas entram em ação para estancar esse sangramento, um processo denominado de coagulação. Os portadores de doença hemofílica não possuem essas proteínas, devido a isto, não ocorre a coagulação, causando hemorragia.
A nutricionista Natália Cavalcanti, da Casa Durval Paiva de Apoio à Criança com Câncer, dá orientações sobre a alimentação para pacientes hemofílicos. “Os pacientes com Anemia Hemolítica (AH), tendem a acumular ferro em excesso, devido a vários fatores, como destruição das hemácias, com liberação de ferro e transfusões sanguíneas recebidas. O uso de alimentos ricos em ferro ou fórmulas enriquecidas com ferro, contribui para o seu excesso no organismo. O ferro acaba lesando órgãos e tecidos, em especial, o miocárdio, hepatócito e glândulas endócrinas. Este processo, conhecido por hemossiderose, é uma das grandes causas de morbidade, em pacientes com anemias hemolíticas”.
O paciente portador de AH, pode apresentar comprometimento no desenvolvimento físico, que pode estar relacionado a uma deficiência energética ou à má absorção de nutrientes, além da deficiência de zinco e de outros micronutrientes.
Dicas
Os fatores que podem contribuir para a deficiência dos macros e micronutrientes são a baixa ingestão alimentar, devido à própria doença, a hospitalização frequente e o nível socioeconômico. O estado emocional do responsável e/ou da família, também, pode contribuir para uma ingestão alimentar inadequada, por priorizar ou restringir alimentos e preparações, ou pela falta de disciplina alimentar, ao oferecer alimentos e guloseimas, nos intervalos das refeições.
Para contribuir com a educação nutricional dos assistidos pela CDP, o setor de nutrição desenvolve atividade pedagógica, em sala de aula, passando aos pacientes/alunos a importância da nutrição e dos alimentos para o tratamento.
