De acordo com um estudo feito pela Fiocruz, a depressão pós-parto afeta mais de uma a cada quatro das mulheres grávidas em todo o Brasil. No entanto, estima-se que o número real de mulheres que sofrem dessa condição seja muito maior, já que muitos casos não são diagnosticados ou tratados.
A depressão pós-parto pode se manifestar de várias maneiras, incluindo tristeza persistente, falta de energia, perda de interesse nas atividades cotidianas, alterações de apetite e sono, sentimentos de culpa e inutilidade, pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, entre outros sintomas.
Segundo Mariele Araújo, jornalista e mãe de segunda viagem, o misto de sentimentos em conjunto com os hormônios acabaram gerando uma tristeza profunda. “Foi difícil aceitar uma gravidez não planejada. Foi mais difícil ainda após o nascimento. Você se cobra como mulher, você se cobra que esse filho seja amado, mas o que você esta sentindo naquele momento é totalmente diferente”, desabafa.
A psicóloga Mariana Costa explica que essa condição pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo alterações hormonais, estresse emocional, falta de apoio social, história de depressão ou transtornos de ansiedade e problemas médicos durante a gravidez ou parto.
“A gente vê uma sobrecarga. Mulheres que precisam dar conta de muitas coisas, mães que têm muitas tarefas para fazer dentro de casa e, às vezes, fora de casa e isso gera um cansaço não só físico mas emocional”.
Felizmente, a depressão pós-parto é tratável. O tratamento geralmente envolve uma combinação de terapia e medicamentos, dependendo da gravidade dos sintomas e das necessidades da mãe. Além disso, a construção de uma rede de apoio social é crucial para ajudar as mães a lidar com a depressão pós-parto.
