Na primeira reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as ações e omissões ocorridas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro, o deputado federal Arthur Maia (União-BA) foi eleito presidente do colegiado.
O primeiro vice-presidente é o senador Cid Gomes (PDT-CE). Já a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi desginada relatora da CPMI.
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou questão de ordem para que a colega de Casa não pudesse ser escolhida relatora. “Primeira coisa que nós temos que deixar claro aqui é que nós temos que buscar a verdade e a imparcialidade. Não tem condições de a relatora ser a senadora Eliziane, porque ela tem uma relação com o ministro Flávio Dino [da Justiça e Segurança], que é um dos investigados, há muitos anos, então totalmente parcial”, argumentou do Val.
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Omar Aziz rebateu: “A senadora Eliziane é uma senadora igual a todos nós. Eu também sou amigo do Flávio Dino, como sou amigo de muitos ministros do governo Lula. Da mesma forma como aqui entre nós tem pessoas que são amigas e até parentes do presidente bolsonaro, nem por isso estamos questionando a presença deles aqui”. Otto Alecar (PSD-BA), que presidiu a reunião de instalação da CPMI num primeiro momento, indeferiu a questão de ordem.
No início da reunião, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), informou que, por um acordo fechado, inclusive com a oposição, a chapa a ser apreciada para conduzir os trabalhos seria composta com Arthur Maia a presidente, Cid a primeiro vice e o senador Magno Malta (PL-ES) a segundo vice. Entretanto, Esperidião Amin (PP-SC) apresentou questão de ordem. “Nós votarmos em cargo que não existe pelo regimento não está correto. Não existe o cargo de segundo vice-presidente. Eu não votarei. Eu não farei esse voto e vou à última consequência. Porque relator pode designar relator”. Otto acatou, e o cargo de Magno foi extinto.
SBT News