O ritmo de contratações no segmento dos pequenos negócios tem ditado a evolução do mercado de trabalho formal no Rio Grande do Norte. As micro e pequenas empresas potiguares vêm mantendo o saldo positivo de empregos desde fevereiro deste ano. Em abril, os pequenos negócios foram responsáveis por criar 1.123 novas vagas, o que equivale a 71,2% das vagas geradas no estado no quarto mês do ano, cujo saldo foi de 1.578 empregos com carteira assinada.
As informações são do Mapa do Emprego do RN, As informações são do Mapa do Emprego do RN, uma publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com dados sobre o mercado de trabalho em todas as regiões do estado e sobre onde ocorreram o maior número de contratações e de desligamentos. O informativo se baseia nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril deste ano, que foram divulgados pelo Ministério do Trabalho.
De acordo com o boletim, o saldo de 1.578 empregos é resultado da diferença entre as 15.877 contratações e 14.299 desligamentos ocorridos no período e representam o segundo melhor resultado para o mês de abril desde 2013. O saldo também foi o quinto maior no mês entre os estados do Nordeste, atrás da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. Os demais apresentaram saldo negativo.
Atividades
Esse saldo foi influenciado principalmente pelo setor de serviços, que no mês gerou a maior a quantidade de novas vagas: 1.586, com destaque para as atividades de teleatendimento, encarregadas de efetivarem 508 novas contratações em abril. A indústria da construção civil foi a segunda maior geradora de novas vagas no estado. Foram 742 empregos abertos no mês, principalmente na construção de edifícios. Depois, vem a indústria de transformação, responsável por contratar 162 novos trabalhadores.
Por outro lado, o comércio, que normalmente é um segmento gerador de novos empregos, finalizou o quarto mês do ano com uma perda de 166 vagas seguido do setor agropecuário que também teve demissões maiores que contratações. O saldo de empregos neste setor em abril ficou negativo em 746 postos de trabalhos, principalmente no cultivo do melão, no qual 354 vagas foram encerradas.
Geração e perda
O Mapa do Emprego aponta onde foram geradas as maiores oportunidades de trabalho e Natal teve o melhor resultado com a criação de 966 novas vagas. Já Mossoró aparece na segunda posição com a geração de 227 novos empregos no mês. Parnamirim (211), Serra do Mel (207) e Assú (142) aparecem logo em seguida.
A publicação do Sebrae revela também as cidades, onde houveram os maiores volumes de vagas encerradas no mês e Canguaretama foi a recordista com 176 empregos perdidos. Já, em Alto do Rodrigues, o número chegou a 172 vagas encerradas. Ipanguaçu (-123), Riachuelo (-102) e Jandaíra (-88) completam a lista.
Abertura de 3,9 mil empregos
Analisando a distribuição das vagas abertas de acordo com o porte dos empreendimentos, a maior parte das novas contratações ocorreu nas microempresas, que efetivaram 1.349 novas contratações. Já as empresas de pequeno porte, no mês, o número de demissões superou as contratações e o saldo ficou deficitário em 226 vagas.
Assim, as MPEs somaram 1.123 novas frentes de trabalho em abril – 1.446 vagas a menos que a quantidade gerada em março deste ano, quando essas empresas haviam criado 2.569 novos empregos formais. Por isso, o total de vagas abertas pelos pequenos negócios no quarto mês de 2023 representa uma diminuição de 56,3% no comparativo com o mês anterior.
Já entre as médias e grandes empresas, o destaque foi para as grandes empresas, responsáveis pela abertura de 545 novos postos de trabalho. No entanto, nas médias, o saldo foi negativo em 90 vagas e, por isso, o somatório de novos empregos criados por essas empresas resultou em 455 vagas. Isso representa um aumento de 117,9% em relação à quantidade de postos de trabalho gerados no mês anterior, cujo déficit havia sido de 2.594 vagas.
Quadrimestre
Até abril, o Rio Grande do Norte acumula um saldo de 1.588 empregos gerados, resultado que foi influenciado pelos pequenos negócios. Essas empresas, entre janeiro e abril, responderam pela criação de 3.925 vagas no mesmo intervalo. Já as médias e grandes, juntas, registraram uma perda de 2.174 postos de trabalho no primeiro quadrimestre de 2023.
