O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres, e o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, general Gonçalves Dias, eram os campeões entre os alvos de pedidos de convocação para prestar depoimentos na CPMI dos Atos Golpistas do 8/01, até este domingo (4). Um retrato do ringue que será montado nos trabalhos da comissão entre parlamentares da oposição e da base de sustentação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Instalada em 25 de maio, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) vai investigar os atos golpistas que resultaram nas invasões e depredações dos prédios sede do Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. Nesta terça-feira (6), a comissão tem sua primeira reunião efetiva de trabalhos, após a composição da mesa na reunião inaugural.
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São 797 requerimentos de convocações, quebras de sigilos (bancários, telefônicos e fiscais), acesso a dados e documentos, transferências de processos e provas, entre outros, que apresentados até este domingo e que precisam ser analisados e votados pelos membros da CPMI.
Anderson Torres, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) no dia 8 de janeiro, tem 14 requerimentos na fila – tanto da oposição, como da situação. G. Dias, segurança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde os primeiros mandatos, tem 12 pedidos de convocação.
Ambos são investigados nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo ministro Alexandre de Moraes, por suposta omissão nos atos de invasão e depredação em 8 de janeiro.