O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficaram furiosos com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 13,75% nessa quarta-feira.
Embora a medida já fosse esperada, a avaliação no governo é que se trata de uma “declaração de guerra” do Banco Central contra a gestão governamental. Mas não só.
A equipe econômica ficou perplexa com o conteúdo do comunicado, pois interpretou que ele não sinaliza para queda de juros num futuro próximo.
Entretanto, fontes do Banco Central ouvidos pelo SBT News discordam da tese. E consideram que houve, sim, margem para que os juros comecem a baixar já em agosto.
Embora Haddad tenha uma relação cordial com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a reação do ministro não foi amistosa. No momento, os dois estão estremecidos.