Os aeroportos do País com voos internacionais, vão contar com novas medidas de segurança para identificar autores de crimes e evitar prisões injustas, como as das brasileiras que tiveram as bagagens trocadas e foram presas na Alemanha por suspeita de tráfico de drogas.
A principal mudança, prevista pelo governo federal, é que as malas de passageiros com destino ao exterior serão fotografadas.
“A gente quer que as câmeras (instaladas nos aeroportos) fotografem cada uma das bagagens das pessoas antes delas embarcarem. Conforme estão no voo, (os passageiros) vão receber uma mensagem de whatsapp (com imagem) da mala fotografada, o que depois pode ser usado para comprovar com qual mala ela estava”, explicou o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, o maior do País, será o primeiro a receber a nova medida de segurança. O investimento previsto é de R$ 40 milhões. Posteriormente, os outros aeroportos internacionais também vão adotar a tecnologia.
Além disso, está prevista a instalação de raio-x e scanners corporais, câmeras na área de check-in, uso de detectores de líquidos e explosivos e restrição ao uso de celular pelos funcionários em alguns locais dos terminais.
“Parte do pessoal do crime organizado faz chantagem com aquelas pessoas (que trabalham em áreas internas dos aeroportos). Sem celular, ficam sem esse contato”, disse o ministro.
As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía foram presas em flagrante, em 5 de março deste ano, após terem as malas trocadas por bagagens com droga. Poucas horas após desembarcarem em Berlim, capital da Alemanha, elas receberam voz de prisão.
Investigação da Polícia Federal, no entanto, comprovou que as bagagens tiveram as etiquetas trocadas por funcionários terceirizados no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Após 38 dias detidas, as brasileiras foram soltas e voltaram para casa.
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SBT Nordeste (JC)
