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Outubro Rosa: saiba mais sobre a campanha e a importância da prevenção

Foto:Pexel

Até o final deste ano são esperados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, nem todas as mulheres receberão o diagnóstico, por não realizarem exames de rotina ou não procurarem assistência médica ao sinal de alterações nas mamas.

A situação reflete a desigualdade no acesso aos serviços de saúde e as deficiências de informação que impactam diretamente o cenário, agravado principalmente pela falta de rastreamento mamográfico durante a pandemia de Covid-19. Esta realidade mobiliza a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) pela campanha Juntos somos mais fortes #cancerdemamatemcura. “Este Outubro Rosa, especialmente, demonstra um caráter abrangente e inclusivo, com a preocupação de envolver profissionais de saúde, esferas governamentais, empresas e principalmente as famílias brasileiras sobre a necessidade de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama”, afirma o mastologista Tufi Hassan, presidente da SBM.

Da mesma forma que no Outubro Rosa, durante todo o ano a Sociedade Brasileira de Mastologia contribui para respaldar políticas públicas e iniciativas de prevenção à doença no Brasil. “Uma forma que acreditamos ser bastante assertiva para atingir esses objetivos é a validação sistemática de dados e análises produzidos por pesquisadores de universidades e instituições renomadas no Brasil, assim como por especialistas da SBM”, destaca. “São estudos em publicações como a Nature Cancer, uma das principais revistas científicas do mundo, ratificados pela entidade.”

Mais velhas e mais jovens
Um levantamento, também validado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, revela aumento do número de casos graves da doença entre mulheres com 70 anos de idade ou mais. Outro levantamento aponta uma situação contrastante, e não menos preocupante com relação ao “rejuvenescimento” da doença: a incidência do câncer de mama entre pacientes mais jovens. Segundo dados analisados pela SBM, há crescimento de população abaixo de 49 anos com diagnóstico de câncer de mama no Brasil.

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No primeiro estudo, com mulheres acima de 70 anos, a redução do rastreamento para câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) é flagrante. No segundo, com pacientes jovens, o obstáculo no diagnóstico precisa ser transposto com urgência, uma vez que a mamografia é recomendada apenas após os 50 anos pelos serviços de saúde. Segundo a SBM, o grupo a partir de 40 anos deveria ser estratégico para as políticas de saúde voltadas ao diagnóstico precoce e tratamento mais eficaz.

Sobre o exame de mamografia, principal método de rastreamento de câncer, a SBM vem encaminhando discussões na esfera federal a respeito da necessidade de documentar em filme impresso e específico todos os exames realizados no SUS e na saúde suplementar, o que infelizmente não acontece em grande parte do Brasil, atrasando ainda mais os diagnósticos e inícios de tratamentos de pacientes.

Leis dos 30 e 60 dias
A determinação que prevê o diagnóstico do câncer de mama no prazo inferior a 30 dias (Lei nº 13.896/2019), e a que indica o início do tratamento em centro especializado em prazo igual ou inferior a 60 dias (Lei nº 12.732/2012), são acompanhadas com atenção pela SBM. O não cumprimento da legislação, de acordo com levantamento inédito obtido pela entidade, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), faz com que a maioria das mulheres participantes do estudo leve mais de quatro semanas em cada etapa de exame e igual período para iniciar o tratamento. O “medo”, para mais de 80% das entrevistadas, é fator preponderante que dificulta a primeira consulta médica, após a mulher perceber uma anormalidade na mama, a realização da mamografia ou ultrassom e a biópsia mamária.

Causas hereditárias
Entre muitas ações importantes, e com a perspectiva de assegurar em lei a realização de exames nos casos da doença associados a causas hereditárias, a SBM propõe que os testes genéticos para prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama e ovário no âmbito do SUS sejam feitos em todo o País. Até agora, somente cinco Estados brasileiros dispõem de legislações específicas para Detecção de Mutação Genética dos Genes BRCA1 e BRCA2 custeada pelo SUS. O direito já assiste as mulheres no sistema suplementar operado pelos planos de saúde desde 2014.

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