Em seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dado sinais de que não vai aceitar pressões. E, por isso, o petista avalia deixar para fevereiro do próximo ano as indicações para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Aliados de Lula relataram ao SBT News que um dos temores do presidente da República é de que a confirmação dos nomes que depende de aprovação do Senado vire motivo para o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, senador Davi Alcolumbre (União-AP), aumente a pressão sobre o Executivo na reta final de 2023.
De acordo com assessores de Lula, Alcolumbre teria interesse em obter, antecipadamente, o apoio do Planalto à sua candidatura ao comando do Senado, que tem eleições previstas apenas para o início de 2025. A liberação de emendas parlamentares também seria do interesse do senador.
Alcolumbre tem uma posição chave no Senado. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, cabe a ele o comando da pauta, estabelecendo o calendário das sabatinas, etapa necessária para as aprovações tanto do ministro indicado ao STF quanto do designado para a PGR
Lula avalia que o que ocorreu com Igor Roque, indicado para a Defensoria Pública da União (DPU), pode se repetir. O nome do escolhido pelo presidente só foi avaliado pela CCJ três meses após a indicação.
Na lista de nomes à espera de votação na comissão há ,ainda, indicados para outros tribunais superiores e conselhos.