O último dia da Conferência Brasileira de Mudança do Clima – CBMC 2023 foi marcado por discussões sobre os desafios e oportunidades do mercado de carbono para o Brasil e sobre o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. O evento foi realizado de 04 a 06, no Auditório Geólogo José Gilson Vilaça, na sede do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – Idema, e na Unidade de Conservação Parque das Dunas, reunindo mais de 300 participantes, além dos que acompanharam a programação on-line.
O primeiro painel discutiu sobre como o país pode evoluir e atrair investimentos internacionais, reiterando que a regulação do mercado das demandas climáticas é medida importante para uma expansão organizada. “Nosso papel é discutir e auxiliar na construção de medidas para que, efetivamente, ajudemos o mundo a desenvolver com sustentabilidade”, disse o representante da Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA), Pedro Venzon.
Venzon comentou, ainda, a urgência de desenvolvermos mecanismos para atender nossas metas climáticas, de forma coletiva e transversal. “O evento é importante para divulgarmos estratégias que o Brasil tem adotado no tocante ao clima, e que adotará nos próximos anos para lidar com o potencial energético de uma forma eficiente e justa”.
Além disso, o momento tratou sobre as obrigações das gestões, mercado de crédito e realidade das comunidades tradicionais, serviços ecossistêmicos, estabelecimento de planos de combate ao desmatamento e queimadas; além de outras tratativas essenciais nos campos econômico, social, de meio ambiente e infraestrutura.
A programação da CBMC 2023 discutiu sobre a importância de inserir os Estados brasileiros nos diálogos multilaterais, assumindo o real compromisso na agenda climática, levando em consideração toda a diversidade de cada região. Os três dias de evento reforçaram a necessidade de ações efetivas pelos entes federativos.
“O Rio Grande do Norte está inserido fortemente no contexto energético brasileiro e se apropriar da pauta climática é muito necessário. Entendemos que esse momento é de olhar para as comunidades e de instituir políticas públicas que possam, realmente, enfrentar esse momento de adaptação dos impactos da mudança climática.”
Leon Aguiar acrescentou, ainda, que somente com a atuação conjunta, inserindo todas as camadas envolvidas, é que se pode encarar o desafio em nível global.
Em sua fala de encerramento, o diretor-geral do Idema, Leon Aguiar, ressaltou que é importante compreender a atuação conjunta no contexto do Brasil, e que todos os estados precisam cumprir seu papel. “A matriz energética brasileira tem avançado, mas ainda temos muito a fazer”, finalizou.
Como última atividade, o grupo se reuniu em uma oficina para elaborar o documento final da Conferência: “Por um Pacto Federativo Climático”.