Palavra que, segundo o dicionário da língua portuguesa, significa conjunto de ações de um grupo de pessoas mobilizadas por um mesmo fim. Talvez essa seja a expressão que mais se adequa para definir a feira livre: uma das formas de comércio mais antigas da humanidade e que, ao longo dos anos, resiste aos avanços dos grandes atacadistas que se espalham por todo o país.
A primeira feira de Natal foi a do Passo da Pátria, que surgiu em 1870, às margens do Rio Potengi, mas encerrou as atividades no ano de 1935. Com isso, a feira do Alecrim – que foi criada em 1920, cresceu e hoje é a mais antiga e tradicional da cidade. O berço do comércio potiguar celebra 112 anos nesta segunda-feira (23); e às 4h da manhã em todo o final de semana tem sido assim, há cinquenta anos na família da Aliana Tavares.
“Sempre começamos muito cedo, todos os finais de semana. Mas é uma alegria para mim, porque foi passando de geração em geração. Eu acredito ser também uma felicidade para as pessoas, pois elas chegam aqui, a gente brinca, conversa, se anima, coloca o papo em dia”, disse Aliana ao repórter da TV Ponta Negra, Ranilson Oliveira
Gerson Xavier vende carne de sol na feira do Alecrim. Ele afirmou que tudo começou com o pai, em 1946. Já ele iniciou aos 9 anos e não saiu mais. “Trabalho em outras feiras mas a pioneira mesmo é a do Alecrim, onde tem aquela clientela de muitos anos. Aqui significa muito pra mim, é de onde sai meu sustento. Passamos altos e baixos mas graças a Deus deu certo, não tenho o que reclamar, a feira do Alecrim tem sido uma benção em nossas vidas”, afirma o feirante.
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