Mulheres em toda a Islândia, incluindo a primeira-ministra, Katrín Jakobsdóttir, prometeram uma greve geral na terça-feira (24) para protestar contra a disparidade salarial de gênero e contra a violência sexual. Além da paralisação, organizada por cerca de 40 entidades diferentes, serão realizados diversos eventos e passeatas em todo o território.
Leia as últimas notícias no portal Ponta Negra News
O evento marcará a primeira greve feminina desde 1975, quando 90% das mulheres se recusaram a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças durante um dia inteiro. O movimento levou a mudanças de igualdade cruciais na Islândia, incluindo a eleição de Vigdis Finnbogadottir, em 1980, como a primeira presidente mulher no país.
Muitas organizações, no entanto, afirmam que a principal reivindicação de 1975 continua não sendo atendida 48 anos depois: a equidade salarial. Isso porque, apesar de ser considerada líder global em igualdade de gênero, a Islândia ainda registra diferença salarial de 21% entre mulheres e homens que ocupam o mesmo cargo.
“Um paraíso da igualdade não deve ter uma diferença salarial de 21% e 40% das mulheres sofrendo violência de gênero ou sexual ao longo da vida. Não é por isso que as mulheres ao redor do mundo estão lutando. Tendo a reputação global que tem, a Islândia tem a responsabilidade de garantir que correspondemos a essas expectativas”, disse a Federação Islandesa dos Trabalhadores Públicos.
*Com informações do SBT News