Um comunicado da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado neste domingo (29), informou que milhares de palestinos invadiram os armazéns e centros de distribuição da organização e levaram farinha de trigo e outros artigos básicos de sobrevivência, como produtos de higiene.
Um dos armazéns, em Deir al-Balah, é onde a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), órgão ligado à ONU, armazena os suprimentos dos comboios humanitários vindos do Egito. Segundo a ONU, os serviços de internet e telefonia, que tinham sido cortados na sexta-feira (27) foram normalizados.
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“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está a começar a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco apertado a Gaza”, disse Thomas White, Diretor de Assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza. “As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas. As tensões e o medo são agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunicação pela Internet. Eles sentem que estão sozinhos, isolados das suas famílias dentro de Gaza e no resto do mundo.”
A invasão das Forças de Defesa de Israel por terra, com a entrada de tanques do exército israelense em ofensiva contra o Hamas, além dos bombardeios aéreos forçaram a população de Gaza a fazer um deslocamento maciço de pessoas do norte para o sul. Segundo a ONU, isso colocou uma enorme pressão sobre essas comunidades, acrescentando ainda mais peso aos serviços públicos em ruínas. Algumas famílias receberam até 50 parentes abrigados em uma mesma casa.
“Os fornecimentos no mercado estão a esgotar-se enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em camiões provenientes do Egipto é insuficiente. As necessidades das comunidades são imensas, mesmo que apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente”, disse White.
A UNRWA recebeu cerca de 80 caminhões com mantimentos desde o início do conflito, no dia 7 de outubro. Com o corte de internet e telefonia na região ocorrido na sexta-feira (27.out), não houve combio para a entrega de mantimentos.
“Apelamos a uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanitários para a Faixa de Gaza para responder às necessidades, especialmente à medida que as tensões e frustrações aumentam”, concluiu White.
Com informações do SBT News
