As universidades públicas com aulas presenciais tiraram as melhores notas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) no ano passado. Os cursos à distância, que representam quase metade das matrículas no ensino superior, tiveram os piores resultados. 37,7% dos cursos de direito em faculdades públicas tiraram 5, a nota máxima no Enade. Nas particulares, o índice foi de 1,7%. Um terço foi reprovado com notas 1 e 2. 30% dos cursos de ciências sociais aplicadas também tiveram notas baixas (1 e 2). 76% dos alunos são de instituições privadas.
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Dos quase 10 mil cursos avaliados, apenas 5,5% alcançaram o conceito máximo do Enade. A grande preocupação é com o ensino à distância, que já representa 48,7% das matrículas no país. 82% deles têm notas entre 1 e 3. Soraya Tanure, secretária de avaliação institucional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul acredita que as notas ainda refletem os anos de pandemia, mas admite que falta qualidade nos cursos remotos: “as universidades que possuem, então, cursos e formações totalmente à distância, ainda não investem tanto na qualidade dos professores ou na qualidade dos tutores que vão ter contato com esses alunos”.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou a criação de uma agência reguladora para o ensino superior: “o MEC não tem pernas suficientes para fazer a supervisão da forma necessária para garantir a qualidade dos cursos no país”.
*Com informações do SBT News
