O Supremo Tribunal da Rússia declarou o “movimento LGBTQIA+ internacional” uma organização extremista e proibiu suas atividades em todo o país. A audiência foi realizada a portas fechadas, mas repórteres foram autorizados a ouvir a decisão do tribunal. Ninguém do “lado do réu” esteve presente, informou o tribunal.
Leia mais notícias no Portal Ponta Negra News
A Constituição russa foi alterada há três anos para deixar claro que casamento significa uma união entre homem e mulher. As uniões entre pessoas do mesmo sexo não são reconhecidas no país.
Nos últimos anos, a comunidade LGBTQIA+ da Rússia tem estado sob crescente pressão por parte das autoridades. Em 2013, foi aprovada uma lei que proibia “a propaganda [para menores de idade] de relações sexuais não tradicionais”.
No ano passado, essas restrições foram estendidas a todas as faixas etárias.
Referências a pessoas LGBTQIA+ foram excluídas de livros, filmes, propagandas e programas de TV. No início deste mês, um canal de televisão russo descoloriu um arco-íris em um vídeo pop sul-coreano, para evitar ser acusado de violar a lei da “propaganda gay”.
Sob a presidência de Vladimir Putin, o Kremlin abraçou uma ideologia centrada no pensamento conservador e nos “valores da família tradicional”.
As autoridades retratam o ativismo LGBTQIA+ como algo inerentemente ocidental e hostil à Rússia. A pressão sobre a comunidade LGBTQIA+ é apresentada como um meio de defender o tecido moral da Rússia.
Com informações da BBC