Um a cada cinco jovens no Brasil não estuda e nem trabalha. O número chega a 10,9 milhões, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (06).
Os dados da Síntese de Indicadores Sociais, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que pessoas pretas ou pardas são a maioria entre os jovens conhecidos como “nem-nem”. As mulheres representavam 43,3% (4,7 milhões) e os homens atingiram 24,3% (2,7 milhões).
Entre pessoas brancas, as mulheres totalizam 20,1% do total de jovens sem trabalho ou estudo, enquanto os homens representam 11,4% (1,2 milhão).
Os números divulgados pelo IBGE também mostram que, no ano passado, 4,7 milhões de jovens não procuraram emprego nem gostariam de trabalhar. Dentro deste grupo, estão 2 milhões de mulheres responsáveis por cuidar de parentes ou de trabalhos domésticos. Entre os homens, destaca-se problemas de saúde como motivo para não trabalharem.
Com a pandemia de Covid-19, os jovens “nem-nem” saltaram de 24,1% em 2019 para 28% em 2020. O número caiu também em 2021 até chegar ao registrado em 2022, o terceiro menor índice de jovens sem trabalho da série histórica. Apenas as taxas de 2012 (21,8%) e de 2013 (22%) foram melhores.