Ao menos 13 policiais morreram após um homem-bomba explodir em uma delegacia na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do Paquistão, na madrugada desta terça-feira (12). Segundo autoridades locais, o impacto da explosão também provocou o desabamento de parte do edifício, deixando cerca de 28 feridos.
A explosão foi seguida de um ataque com morteiros por militantes, que, posteriormente, acabaram se envolvendo em um tiroteio com as forças de segurança. O confronto parou apenas quando três integrantes do grupo foram baleados. A polícia lançou uma operação de busca nos arredores da delegacia para prender os militantes, que fugiram.
Khyber Pakhtunkhwa é uma província que faz fronteira com o Afeganistão. O local é um antigo território do grupo talibã paquistanês, também conhecido como Tehreek-e-Talibã Paquistão (TTP). O recém-formado grupo Tehreek-e-Jihad Paquistão, que se acredita ser um desdobramento do TTP, assumiu a autoria do ataque desta manhã.
Pelas redes sociais, o ministro do Interior do Paquistão, Sarfraz Bugti, condenou o ataque e expressou solidariedade às famílias das vítimas. “Os terroristas nunca podem ter sucesso nos seus propósitos nefastos, toda a nação está ao lado das forças de segurança na guerra contra o terrorismo. Vamos eliminar os terroristas impuros da terra”, escreveu.
O ataque na delegacia em Khyber Pakhtunkhwa é o mais recente de uma série de atentados e tiroteiros no Paquistão. Em janeiro deste ano, por exemplo, um homem-bomba atacou uma mesquita em Peshawar, matando pelo menos 101 pessoas e ferindo outras centenas. Na época, o ataque foi reivindicado pelo TTP.
