O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN) confirmou que a ossada encontrada no Pico do Cabugi, no município de Angicos, é de um homem que estava desaparecido há mais de sete anos. Em agosto de 2016, Júlio Lins da Silveira Sobrinho (na época com 61 anos), saiu de Natal para subir o pico para pagar uma promessa, segundo a família. Desde então ele não foi mais visto. Em 2020, o Núcleo de Antropologia e Arqueologia Forense (NAAF) do Itep realizou uma subida de cerca de 50 minutos no local e conseguiu encontrar restos humanos em espaço de difícil acesso.
A equipe iniciou os trabalhos de prospecção pericial e coleta qualificada dos vestígios, com auxílio de um drone. Desde então, se iniciou o processo para identificação da ossada. Com a impossibilidade de confirmação por impressões digitais e arcada dentária, o único meio foi o DNA. “A ossada estava em um avançado estado de degradação, o que comprometeu os resultados das análises de DNA e consequentemente a identificação”, destacou Fabrício Fernandes, perito oficial e chefe do Laboratório de Genética Forense do Itep.
De acordo com o profissional, inúmeras amostras foram examinadas durante esse tempo, com cada uma levando de 20 a 30 dias para ser totalmente analisada. E, após mais de três anos, veio a confirmação. “Foi um caso muito complexo. Mas depois de muita dedicação de toda a equipe, conseguimos um perfil genético completo. Comparamos com o DNA obtido do filho e concluímos o vínculo de paternidade. A ossada é do senhor Júlio Lins da Silveira Sobrinho”.
