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Israel quer remover palestinos para ilha artificial

Israel tem um plano de construir uma ilha artificial no Mar Mediterrâneo, na costa do Egito, para abrigar a população da Faixa de Gaza, onde vivem cerca de 2,3 milhões de palestinos. O plano foi apresentado hoje a ministros das Relações Exteriores da União Europeia pelo chanceler israelense, Israel Katz, segundo a mídia europeia, que atribuiu a informação a fontes presentes no encontro.

Apresentada em um vídeo, a ideia foi desenvolvida quando Katz era ministro dos Transportes de Israel, em 2017. O encontro em Bruxelas com representantes dos 27 países do bloco foi convocado para discutir soluções para o conflito no Oriente Médio.

Além do israelense, foram convidados os ministros da Palestina e da Jordânia, que refutaram a ideia da ilha que, na prática, significaria a retirada da população palestina e a tomada de todo o território por Israel.

Riyadh al-Maliki, ministro palestino, afirmou que “a Palestina é nossa (terra) e vamos ficar nela. Seja quem que propôs essa ideia da ilha, que viva com ela. Mas nós somos os reais donos daquela terra. Vamos ficar e resistir”. Segundo o britânico The Guardian, uma fonte disse ao jornal que não houve reação dos europeus. “Ministros ignoraram e seguiram adiante com o que estavam lá para discutir. Ninguém falou a respeito”.

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A polêmica proposta voltou a ser apresentada um dia depois do primeiro-ministro israelense rechaçar a ideia da criação de um estado palestino. “Eu defendo firmemente essa posição quando há muita pressão interna e internacional. Minha insistência foi o que impediu, por anos, a criação de um Estado Palestino, que seria uma grande ameaça para a existência de Israel”, afirmou Benjamin Netanyahu.

A posição do governo israelense, o mais extremista da história do país, diverge de um dos maiores consensos na comunidade internacional, que inclui até mesmo os principais aliados de Israel, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Um porta-voz do governo britânico afirmou que o país está “desapontado” com a declaração do premiê israelense.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Joseph Borrell, afirmou que o encontro desta segunda-feira (23) em Bruxelas é para ajudar “a construir a solução de dois Estados”, enquanto o ministro irlandês das Relações Exteriores, Micheál Martin, subiu o tom contra o premiê israelense, afirmando que rejeitar a proposta de um país para o povo palestino “é inaceitável”.

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