Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) entram em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (22). Nesta quarta-feira (17), o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato, se reuniu para dar os encaminhamentos necessários para a deflagração da greve. Um documento oficializando a greve da categoria por tempo indeterminado foi entregue ao reitor.
Para o reitor, José Daniel Diniz Melo, os servidores solicitaram apoio institucional no diálogo junto ao Governo Federal, visando à valorização e reestruturação da carreira, bem como a recomposição orçamentária das instituições federais de ensino (Ifes).
“Esperamos que a greve seja potente e breve”, o professor Negrão desejou que as mobilizações possibilitem que as demandas sejam atendidas rapidamente pela gestão federal, para que as atividades também sejam retomadas com brevidade.
O reitor Daniel Diniz afirmou que a rede de universidade federais vem mantendo diálogo junto ao Governo Federal, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O gestor contou que, no dia 12 de abril, em audiência com a Presidência da República, as instituições de ensino reforçaram a necessidade urgente de recomposição do orçamento, de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos e docentes, bem como de investimentos na assistência estudantil.
Além da recomposição do orçamento das Ifes, o Adurn-Sindicato tem como reivindicação o reajuste salarial linear para os servidores públicos federais de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025, e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%, e a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).
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A decisão da grave é resultado de um plebiscito histórico, que contou com a participação de 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar. Realizada na segunda (15) e terça-feira (16), através do site do ADURN-Sindicato, a consulta registrou 62,52% dos votos favoráveis e 34,06% dos votos contrários à deflagração da greve. Se abstiveram na votação 3,40% dos participantes.
Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, a participação da categoria representa a vitória da democracia, ele destacou também que “o ADURN-Sindicato encaminhou o indicativo, construiu o plebiscito e fez valer o voto de todos e todas as professoras e professores da ativa. Durante todo o processo de construção desse movimento, o ADURN-Sindicato privilegiou a escuta de sua base”, afirmou.
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