As chuvas que causaram a maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul foram intensificadas em 15% por mudanças climáticas provocadas pelo homem. Essa é a conclusão de um relatório, divulgado nesta sexta-feira (10), da ClimaMeter, um grupo composto por cientistas de diferentes países que analisa ocorrências climáticas logo após o seu evento.
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A partir de registros por meio de satélites, profissionais da ClimaMeter estudaram casos climáticos que aconteceram no estado gaúcho nos últimos 45 anos. Eles separaram os eventos, entre 1979 a 2001 e de 2002 a 2023, visando identificar as mudanças climatológicas ao longo do tempo.
O grupo apontou que os acidentes do passado semelhantes, com o que atinge o estado atualmente, ocorreram aproximadamente no mesmo período que o do presente. No entanto, não houve uma mudança significativa na velocidade dos ventos ou em alterações na temperatura.
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Embora o fenômeno do El Niño possa ter favorecido a ocorrência dos últimos temporais, ele não seria suficiente para causar o estrago ocorrido, sendo a interferência do homem ao meio ambiente o principal agente causador da crise, segundo a ClimaMeter.
O número de mortos após as chuvas que atingiram 437 municípios do Rio Grande do Sul subiu para 116. Mais de 408 mil pessoas estão fora de suas casas, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil estadual às 12h desta sexta-feira (10) e 756 pessoas foram resgatadas feridas.
SBT News
