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Água potável desperdiçada no Brasil abasteceria Rio Grande do Sul por 5 anos

Estudo do Instituto Trata Brasil aponta que 37,8% de toda água tratada no país é perdida antes de chegar às residências | Pixabay

O Brasil registrou queda no índice de desperdício de água em 2022. É o que mostra um levantamento do Instituto Trata Brasil (ITB), no qual aponta que 37,8% de toda água potável produzida foi perdida antes de chegar aos moradores, número inferior ao registrado em 2021 – 40,3%. Apesar da queda, o cenário ainda é preocupante.

Segundo o instituto, o desperdício de água potável é registrado por vários motivos, como vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados.

Ao todo, foram desperdiçados 7 bilhões de metros cúbicos de água potável em 2022, equivalente a 7.636 piscinas olímpicas de água tratada. O volume perdido seria o suficiente, por exemplo, para abastecer toda a população do Rio Grande do Sul (10,6 milhões de habitantes) por mais de cinco anos ou toda a população da região Nordeste.

Perdas na distribuição por Estado | Trata Brasil

Dos 100 municípios considerados, apenas 14 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 25% (valores considerados como adequados). Os dados mostram ainda que 20 cidades têm perdas na distribuição superiores a 50%, enquanto dois municípios registram perdas acima de 70% – situação considerada alarmante.

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“Ano após ano, observamos uma lenta evolução nos indicadores de perdas de água. Além de afetar o abastecimento dos habitantes, esse desperdício exacerbado resulta em impactos ambientais severos, uma vez que os efeitos das mudanças climáticas, como vemos na tragédia vivida no Rio Grande do Sul, estão cada vez mais presentes no país”, avalia Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil.

Em relação ao acesso, o Brasil ainda tem cerca de 32 milhões de pessoas sem água potável. A região Norte lidera o ranking, com apenas 64,2% da população com acesso ao líquido. Em seguida estão as regiões Nordeste (76,9), Centro-Oeste (89,8%), Sudeste (90,9%) e Sul (91,6%). A tendência, conforme o estudo, é de estagnação.

Fonte: SBT NEWS.

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