A Justiça Federal do Rio Grande do Norte realizou uma audiência nesta segunda-feira (29) com a presença da Colônia de Pescadores, do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), além de dois secretários do município de Natal, para debater a manutenção ou suspensão da licença para as obras da engorda de Ponta Negra.
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A Colônia dos Pescadores apresentou algumas questões relatando as necessidades dos trabalhadores.
“A engorda vai atingir todo pescador de Natal. Pois onde vai retirar a areia da jazida é onde todos os pescadores pequenos, de embarcações pequenas, pescam da Grande Natal. Então, a gente está pleiteando que tenha uma compensação para todo pescador. A gente não sabe o que vai acontecer com os peixes que eles pescavam: se vão para longe, se vão para perto”, explicou a presidente da Colônia de Pescadores, Rosângela Silva.
O titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, afirmou que a ação judicial não deve atrapalhar o cronograma das obras, porém, a Prefeitura do Natal ainda não definiu quando as obras serão iniciadas.
“Nós iremos monitorar os aspectos relacionados a essas comunidades (pescadores). Estabelecer, de forma bem objetiva e clara, qualquer compensação que for necessária: tanto do ponto de vista de estrutura, quanto do ponto de vista financeiro, caso haja algum tipo de impacto relacionado a essas comunidades”, disse Mesquita.
O diretor-geral do IDEMA, Werner Farkatt, considerou a audiência conciliatória e confirmou que uma nova reunião entre os órgãos e os pescadores deverá acontecer no próximo dia 20 de agosto para que a Prefeitura do Natal possa responder se irá atender às demandas dos pescadores.
